Agências de RP e clientes: um relacionamento amoroso

O PR Daily publicou um excerto de um artigo escrito por Dorothy Crenshaw (CEO e directora criativa da Crenshaw Communications) no qual aborda, de forma ligeira, o relacionamento entre clientes e agências de RP, um processo que, afirma, “é muito semelhante a encontrar um parceiro amoroso”.

E explica: “O processo é imperfeito, algumas vezes desconfortável, pode ser frustrante e demorado para ambas as partes. O pior de tudo é que não há garantia de que seja uma relação ‘felizes para sempre’ depois de esta ser iniciada.”

Tudo começa na reunião de apresentação da agência ou passagem de briefing, o primeiro encontro durante o qual ambvas as partes tentam mostrar o melhor de si e onde, por vezes, é difícil a percepção dos sinais de perigo. Para garantir que este início de relacionamento seja “feliz para sempre”, Dorothy indica nove sinais de alerta que podem indiciar um mau ponto de partida no relacionamento entre a equipa de relações públicas e o cliente. Um ensinamento que serve clientes, mas também as agências.

1. Química perfeita. Mais que uma boa primeira impressão, Dorothy afirma que ao invés de os clientes serem seduzidos pelo charme da equipa de RP, devem procurar compatibilidades.

2. Mundos diferentes. Resume-se à compatibilidade cultural: um empresário empreendedor não sentirá a resposta adequada numa empresa burocrática e vice-versa. Dorothy alerta para a necessidade de um ajustamento cultural confortável quando se pretende uma relação duradoura.

3. Surdez. Para uma relação funcionar é necessário saber ouvir. Colocar questões e ouvir atentamente as respostas é um dos segredos de qualquer relacionamento.

4. Relacionamentos anteriores.
Relacionamentos curtos e alta rotatividade são quase sempre um sinal de perigo. E acrescento que este sinal serve para ambos as partes e sublinho o que Dorothy refere: “Se quer uma agência com boa reputação, a sua própria reputação deve ser impecável.”

5. Demasiado bom para ser verdade. Os relacionamentos não são sempre um mar de rosas. Por isso, mais do que ter boas referências de anteriores relacionamentos, Dorothy entende que há também que procurar as más e considera que se pode aprender alguma coisa com estas respostas…

6. Expectativas elevadas. Uma agência pode ajudar os clientes a ajustar as suas expectativas, mas é de duvidar quando promete resultados que à partida são inalcançáveis.

7. Falta de compromisso. A falta de compromisso num relacionamento pode ser analisada através de relações pouco duradouras que clientes têm com várias agências, muitas vezes acreditando que podem, assim, manter o controle da situação. Quando se pretende uma relação de curto prazo, o melhor é deixar isto bem claro desde o início para que haja um sentimento de compensação ou compromisso para ambas as partes.

8. Não é uma prioridade. Tenha a certeza que o orçamento que tem disponível é adequado para assegurar que a sua conta é importante para a agência e pergunte directamente aos membros da equipa operacional com quantos clientes trabalham. “As agências não podem ser monogamas nas suas relações, mas devem assegurar que cada conta é valorizada de forma apropriada.”

9. Virgindade. A experiência realmente faz toda a diferença quando se trata de RP. A escolha deve passar por uma agência que tenha uma grande experiência profissional inclusive no que respeita à especialidade dos membros da equipa.

O artigo original de Dorothy Crenshaw pode ser encontrado em Crenshaw Communications’ blog.

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