Informação útil (ou talvez não)

O Infarmed  acaba de lançar um serviço de pesquisa de medicamentos online gratuito que possibilita a realização de uma busca sobre medicamentos através do seu princípio activo, nome do medicamento, número de registo, forma farmacêutica e tamanho de embalagem.

A pesquisa dá acesso aos preços de venda para o público, utente, pensionistas,  se existe ou não um genérico, o RCM do medicamento, bem como o respectivo folheto informativo do Infarmed.

Mais um incentivo à compra de genéricos a julgar pelo link em que esta pesquisa se encontra disponível. O objectivo está muito além  de prestar informação útil a quem a procura. É o incentivo com base em custos. Para mim este é, sem dúvida, o principal objectivo, no matter what. Útil?! Veremos…

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A investigação contra o cancro passa pelo mar

Nova esperança para tratamento do cancro vem do mar

Saúde – Nova esperança para tratamento do cancro vem do mar – RTP Noticias, Vídeo.

A criação da Entidade Reguladora da Saúde em Portugal

Perante a descrição evolutiva sumária da política da saúde feita anteriormente (ver aqui, aquiaquiaqui e finalmente aqui) podemos considerar que a década de 80 é a da privatização e a de 90 a da regulação, isto é, o controlo das escolhas privadas por imposição de regras públicas em domínios dos quais o Estado se tinha retirado (redução do papel de Estado prestador). E, neste sentido, cabe destacar que o primeiro objectivo da regulação é a garantia dos mecanismos de mercado e da concorrência. Ler mais deste artigo

O nascimento da regulação social

A regulação social teve o seu berço na Alemanha, no que se pode denominar de “escola alemã da teoria da regulação”[1]. Num contexto evolutivo, a teoria sistémica da sociologia alemã centrava o debate da ciência política nas interacções entre o mundo político e o mundo social ao que acresce a delegação das funções públicas a organismos privados ou instituições controladas por privados. Ler mais deste artigo

Qual o papel da ERS?

A propósito desta entrevista em que Jorge Simões, o presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), afirma que esta deve “ter uma intervenção fundamentalmente pedagógica e menos sancionatória”, interessa, muito provavelmente, saber quando e como nasceu a regulação social e, no caso nacional, conhecer o processo de criação da ERS e os seus objectivos. Abordarei estes dois últimos pontos em dois ‘posts’ que publicarei a seguir.

Mas antes disso, interessa ler a entrevista que o presidente da ERS deu ao Público e, à parte do que parece ser mais polémico (a ADSE), importa ler nas entrelinhas e tentar perceber, afinal, qual o papel da ERS.

Uma campanha chocante e “pornográfica”

Uma campanha do National Health Service está a chocar os pais e associações de defesa dos adolescentes… Tudo por causa do cariz sexual do vídeo que está a ser passado no Youtube. Mas esta não é a primeira vez que são utilizadas imagens ou mensagens “chocantes” em campanhas de sensibilização.

Serão os resultados mais perversos que a campanha?! Ler mais deste artigo

No meio dos números

Hoje foi um dia quente para a Saúde. No âmbito da discussão do OE na Assembleia da República, Ana  Jorge apresentou números, muitos números, tantos que ainda não consegui analisar os dados. Confesso que ainda só tive tempo para ler na diagonal o discurso e nem as notícias consegui consultar…

Mas ao ler o discurso, saltou-me aos olhos esta declaração: (…)”E quero também informar o Parlamento que em 2011 estará pronta a rede de referenciação oncológica, a qual tem na base um trabalho regional de identificação de necessidades e de capacidades instaladas, analisadas à luz dos requisitos já definidos como boas práticas, e que se cruza e se articula com a actualização do mapa de radioterapia.”

E dei por mim a pensar: “Será mesmo desta?!” É que já se perdeu a conta às vezes que esta declaração tem sido repetida…

O melhor presente

Stacey Kramer partilha uma emocionante experiência pessoal, em apenas três minutos, na qual demonstra como uma experiência indesejada pode acabar por ser um grande presente. Vale a pena ver e reflectir.

Profissionais de saúde do Hospital de Cascais em “crise”

Já não bastava a queda do tecto no dia a seguir à inauguração e o Hospital de Cascais volta a aparecer nos jornais por razões que não são as melhores. E descobrimos que afinal as queixas dos profissionais de saúde não se resumem apenas ao serviço público. A “crise” parece ter chegado também ao sector privado,  particularmente ao Hospital de Cascais.

As queixas são várias e passam pela (des)organização, pelo excesso de horas de trabalho, por promessas não cumpridas, horas extraordinárias que não são pagas, entre outras.

Qualquer semelhança com a realidade… é pura ficção!

Depois da debandada do serviço público para o privado (por que será?) eis que agora o se reverte o processo com a procura de saídas do privado para o público.

Parece também que a contratação de profissionais de saúde passa pela adjudicação directa…

Onde é que isto vai parar perante tanto (dis)funcionalismo?

Para ler aqui.

Procurar a morte ou sobreviver?

A morte, por ser temida, é sempre um tema tabu. É como o cancro. As pessoas não querem ouvir falar de cancro, fogem, ignoram sintomas… Com medo do monstro, com medo da morte, com receio de que a doença lhes tire a dignidade de serem seres humanos.

Defendo a eutanásia ou a morte medicamente assistida para aqueles que, com lucidez, queiram partir e começar um novo caminho. Para aqueles que ao sofrerem de doenças incuráveis e incapacitantes queiram libertar-se de um sofrimento que, mais que físico, é psicológico.

Quem nunca teve um ente querido que face a uma doença incurável, sem qualquer tipo de alternativa, escolheria partir se tivesse essa possibilidade? Não é, de todo, uma decisão que se tome de ânimo leve, mas sim de forma consciente. Não é ser-se egoísta. Para isso estamos cá nós, aqueles que querem ajudar sem terem como o fazer, aqueles que, por egoísmo, preferem que a pessoa fique ao seu lado única e exclusivamente pela importância que dão à sua presença. Ler mais deste artigo