O perigo da instantaneidade

Quem não teve conhecimento, há cerca de duas semanas, da notícia da mulher do mineiro chileno que estaria grávida de cinco semanas, apesar do marido estar soterrado há mais tempo? Aquela em que se afirmava que o espermatozóide era guerreiro?

Afinal, parece que a notícia é falsa.

É um dos perigos da instantaneidade da comunicação que vivemos nos dias de hoje. E apesar de as distâncias há muito parecerem terem sido abolidas com as facilidades de comunicação que hoje temos, deparamos-nos com existe um perigo maior: a confirmação da veracidade da notícia versus o mediatismo ou a importância da informação.

Esta notícia de importante nada tinha. Era apenas uma curiosidade, algo insólito, que acabou por fazer a delícia de alguns meios de comunicação social e as redes sociais. Contra  mim falo por que também eu a publiquei no meu mural no Facebook.

Henrique Monteiro (Expresso) abordou este perigo da instantaneidade numa pequena palestra a que tive o prazer de assistir, promovida pela Competitive Intelligence & Information Warfare Association (CIIWA). A par do tema, apresentou alguns exemplos de como algumas grandes notícias (algumas fabricadas) acabem por não passar de grandes flops de comunicação, mediatizados por alguns meios, devido ao enorme factor de (i)mediatismo que hoje vivemos.

Como gerir a informação que recebemos de forma imediata e instantânea nos dias de hoje? Como tratar e analisar calmamente a informação que recebemos em vez de a disseminar de forma instantânea e fácil?

É um assunto a reflectir….

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One Response to O perigo da instantaneidade

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